publicidade

ESPECIAL CATARINÃO 2013: Criciúma


Escrito em 12/01/2013


Na sequência da série especial sobre o próximo Estadual, o jornalista Rodrigo Santos (http://www.blogdorodrigo.org/), faz uma análise de como o Criciúma, único representante catarinense na Séria A do Brasileiros, vem para a competição. Leia abaixo:

CRICIÚMA ESPORTE CLUBE
Fundação: 13 de maio de 1947 (como Comerciário. O nome mudou em 17 de março de 1978)
Cores: Amarelo, Branco e Preto
Estádio: Heriberto Hulse - 22.000 lugares
Presidente: Antenor Angeloni
Técnico: Paulo Comelli
Ranking "BdR" 2012: 3o. Lugar
Catarinense 2012: 7o. Lugar


O único clube catarinense na Série A de 2013 ainda comemora o acesso conquistado no ano passado, em um ano que começou turbulento e terminou na glória. Quem puxar os arquivos pode ver que o time fez um Catarinense terrível e uma Copa do Brasil trágica, que forçou uma correção de rota no meio do ano, que não poderia ser melhor. Um time que chamou a atenção do país, com sua série de bons resultados, os gols de Zé Carlos, a classe de Lucca e a festa da torcida tricolor. Para ser o ano perfeito, faltou o título, que não veio por causa de alguns acidentes de percurso na reta final. Menos mal que o projeto do acesso não foi derrubado, premiando o sucesso do trabalho do presidente Antenor Angeloni, que trouxe o clube da terceira para a primeira divisão, e do administrador que ele contratou para o futebol, Rodrigo Pastana (foto), que ajudou a botar ordem na casa, age com habilidade na montagem do elenco e quer fazer o time não tomar sustos no Campeonato Brasileiro, além de brigar pelo título estadual que não fica em Criciúma há 8 anos, desde que Vágner Carioca fez em Ibirama o gol do campeonato de 2005.



E nada mais justo que o paulista Paulo Comelli, de 52 anos (foto abaixo), o técnico responsável pelo acesso, permaneça no clube para uma das temporadas mais um importantes da história tricolor. Vindo do CRB, assumiu o time em abril após a demissão de Márcio Goiano, com a missão de arrumar uma casa que estava bem bagunçada. Com o auxílio da competente diretoria, ele montou um time estruturado, que deu uma boa resposta já no início da Série B, fazendo o time conquistar importantes pontos. De contrato renovado até o final do ano, Comelli tem pela frente um complicado desafio, mas com um investimento maior, novos jogadores de padrão Série A e condições de trabalho cada vez melhores. Não só ele, como todos os que acompanharam o Brasileirão, sabem que o Tigre subiu com total merecimento, mas para ter um 2013 sem desespero, é necessário qualificar, e muito, o elenco. Tanto é que, do renovado time-base, a grande maioria é composta por novos jogadores. Com um orçamento bem maior advindo das gordas cotas de TV, reforçar era mais do que uma necessidade. É uma obrigação.



E os treinamentos do Criciúma vão mostrando a cara do time para 2013. A diretoria agiu com extrema habilidade ao fechar o empréstimo de Lucca ao Cruzeiro recebendo em troca quatro jogadores que vão ajudar muito em campo, como o lateral Diego Renan e o atacante Fabinho. O zagueiro Fábio Ferreira, vindo do Botafogo, o volante João Vitor, do Palmeiras e o meia Tartá do Vitória, alguns titulares em suas equipes, colocam o Tigre não só como favorito ao título estadual, mas como na condição de ser um time que, na teoria, entra na Série A para brigar pela parte do meio da tabela. E todos trabalhando para abastecer o homem gol do time: Zé Carlos, o Zé do Gol, autor de 27 gols na Série B. Zé teve uma temporada 2012 abençoada, com a sorte de artilheiro e habilidade de quem conhece da função. É unanimidade entre a torcida, e terá que mostrar serviço no Estadual por dois motivos: primeiro, pela expectativa criada depois do último ano. E depois, pelas declarações em que ameaçou deixar o clube. No final, um pouco de conversa colocou tudo no lugar certo. Agora, é esperar pra ver se a ótima fase do camisa 9 vai continuar.



No papel, o Criciúma vai muito bem para o Campeonato Catarinense. Já está sendo montado para a Série A, com jogadores rodados, que vêm de grandes times, treinam em alto padrão e que trazem para o Tigre um favoritismo natural para colocar fim a um jejum de oito anos sem título. Para que a teoria se concretize na prática, falta só o time encaixar em campo. Tarefa para Comelli e a sua nova turma. Se isso acontecer, temos aí o maior candidato ao troféu de campeão.

PUBLICIDADE

Publicidade
Publicidade
Publicidade