A primeira vez que Rio do Sul sediou os Jogos Abertos de Santa Catarina, há 51 anos, ficou marcada na história. A começar no desfile de abertura, com ex-atleta Euclides Pompilio, mais conhecido como Leoquido, conduzindo a verdadeira Taça Jules Rimet, que a Seleção Brasileira havia conquistado em 1970 na Copa do Mundo, no México. Exatamente às 9h as delegações dos municípios participantes saíram da Alameda Aristiliano Ramos rumo ao Estádio Alfredo João Krieck.
A dona Carmem, mulher de Leoquido, lembra até hoje do desfile dos soldados do Batalhão de Infantaria de Blumenau fazendo a escolta da taça. “Não cheguei a ir até o estádio porque os meus quatro filhos pequenos”. Ela não lembra porque a escolha do marido para conduzir o troféu. “Talvez pela contribuição que deu ao esporte jogando futebol, como o título de campeão catarinense em 1965 pelo Internacional, de Lages”. Dona Carmem guarda as fotos do desfile, na área social de sua casa, local que se encontra com os filhos Jaime, Jairo, Hugo e Anselmo. “Um orgulho muito grande porque foi a única cidade de Santa Catarina que recebeu a taça”.
O então tesoureiro da Comissão Organizadora, Tarcísio Torquato Luiz, o Taxa, não recorda o número de participantes. “Na época o número de municípios era bem menor (197) do que os 297 atuais e mesmo assim tivemos a presença de aproximadamente 3 mil pessoas, entre atletas, técnicos e dirigentes”. Na época não haviam as etapas seletivas. Bastava o município se inscrever. O número de modalidades era bem menor, com apenas basquete, futebol de salão e vôlei nas coletivas. “Os dirigentes de outros municípios não cansavam de elogiar a perfeita organização”.
Taxa lembra de alguns episódios que aconteceram nos bastidores da organização. Omitindo o nome do personagem, ele contou que teve uma pessoa que se ajoelhou no palco do antigo Concórdia (atual Lojas Koerick), prometendo que ficaria sem tomar um copo de cerveja, se não chovesse até no encerramento dos jogos. “E deu certo e não choveu no período de 16 a 23 de outubro”.
